segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mel das Arábias


diversos baklawa e borma


lokum (também chamados "delícias turcas")

Na Calçada da Estrela, em Lisboa, fica a doçaria árabe Mel das Arábias. Muito agradável e atraente, esta doçaria não só dispõe de uma larga variedade de doces do mundo árabe, alguns muito conhecidos e apreciados na Grécia e na Turquia, países com uma significativa herança cultural do Oriente à mesa, como também nos apresenta um conjunto de diferentes especialidades orientais em embalagens para levar de recordação e experimentar em casa, que não são só os doces… São também compotas (de beringela, de alfarroba…), café árabe, chás árabes, água de rosas, água de flor de laranjeira, sumos, rebuçados, tâmaras, favas cozinhadas à moda árabe, dolmadákia (iguaria muito consumida pelos gregos: folhas de videira enroladas e recheadas com arroz, carne picada e diversos temperos)… Enfim, um pequeno supermercado árabe para descobrir.
Mas o principal encanto desta casa – para além da simpatia dos empregados e da aura de mundo distante trazido por um tapete voador do Aladino – são, naturalmente, os doces. Provei alguns, acompanhados por um delicioso chá de lavanda. Em chaleiras árabes e bonitos copos de vidro a condizer, servem-se várias bebidas que podemos incluir na degustação: café árabe e diversos chás (quentes ou frios; há de vários aromas).
Os doces mais tradicionais são as baklawa, os borma e os lokum (também conhecidos por “delícias turcas”, feitos com açúcar e amido de milho), havendo igualmente ao dispor tâmaras argelinas e kunafa (sobremesa confeccionada com aletria, açúcar e frutos secos).
Avisa-se até aos mais gulosos que todas estas iguarias são autênticas bombas hipercalóricas e muitíssimo doces. Doces mesmo. Não há pontinha de eufemismo na palavra “doce”… Que ninguém julgue que o tamanho pequeno de cada doce é uma insuficiência. Come-se um bocadinho e fica-se mais que satisfeito… Comigo foi assim. Muito doce, mas muito bom também.
Experimentei e recomendo as baklawa com noz e mel; os lokum de pistacho (revestidos de açúcar em pó), de pistacho e coco (polvilhados com coco ralado), de cenoura e avelã (também com coco ralado), de rosas e avelã (divinos: debaixo da cobertura de coco ralado, uma massa gelatinosa de um rosa vivo e avermelhado, com um aroma intenso que nos deixa mesmo com um hálito róseo, floral…); e a kunafa, sobremesa dulcíssima e com um toque de pistacho, que pede uma bebida quente.
Se por lá passarem, não deixem de espreitar esta doçaria tão simpática. Ou, se precisarem de adoçar a boca, este é o sítio certo.

2 comentários:

  1. Obrigada também por esta sugestão. Estás sempre a contribuir para que nos entreguemos aos prazeres da degustação. As descrições são fantásticas, e confirmo que dizer que esse tipo de doçaria é doce, é pouco. Eu provei baklavas na Grécia e não consegui comer tudo de tão doce que era. Com tempo fresquinho, não o calor tórrido grego, e com um cházinho talvez tenha mais resistência a tanta doçura. Mais uma vez, obrigada, Hera.

    Oscula

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  2. Não tenho tempo para comentar de uma forma mais longa... nomeadamente, cada um desses deliciosos (imagino!) doces que tão bem descreveste, Hera...

    Digo apenas nham nham...

    E lá tenho eu de voltar ao trabalho... agora com água na boca...

    :)

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